Transnístria quer manter forças de paz até fim do conflito com Moldávia, garante autoridade

A Transnístria está interessada na presença de forças de paz na região até a resolução final do conflito com a Moldávia, disse à Sputnik Oleg Belyakov, co-presidente da Comissão de Controle Conjunto (JCC, na sigla em inglês — órgão coletivo de governo da operação de paz).
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"Para nós, uma operação de paz é o único meio de garantir a paz e a segurança em nossa região, criando condições favoráveis ​​e necessárias para o processo de negociação", disse Belyakov.
A autoridade garantiu ainda que a Transnístria "fará de tudo para que ninguém desacredite a operação conjunta", nem interfira nas forças de paz.
Esta sexta-feira (29) marca o 30º aniversário do início da operação de manutenção da paz na Transnístria. A paz na zona do conflito da Transnístria é apoiada por uma força conjunta, que inclui 402 militares russos, 492 transnístricos e 355 moldavos, além de dez observadores militares da Ucrânia.
Os militares servem em 15 postos fixos e de controle localizados em áreas-chave da zona de segurança.
A Transnístria, cujos habitantes são 60% russos e ucranianos, buscou a secessão da Moldávia antes mesmo do fim das antigas União das Repúblicas Socialistas Sov­­­­­­­­­­­­­­­iéticas (URSS), temendo que, na onda de nacionalismos, a Moldávia se juntasse à Romênia.
Em 1992, após uma tentativa fracassada das autoridades moldavas de resolver a questão à força, a Transnístria tornou-se praticamente um território não controlado por Chisinau.
A fronteira entre Transnístria e Moldávia. Foto de arquivo
Na semana passada, a chancelaria da Rússia informou que forças russas estavam sendo impedidas na fronteira de chegar à Transnístria, com o objetivo enfraquecer a presença do contingente de paz.
No aeroporto de Chisinau, guardas fronteiriços da Moldávia detiveram oficiais russos que se dirigiam à república para reforçar o contingente de manutenção de paz, de acordo com Aleksei Polischuk, diretor do segundo departamento da Comunidade de Estados Independentes do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Segundo o funcionário, as razões para as detenções não foram explicadas.
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