Blinken está resistindo a fazer um movimento que forçaria os EUA a impor sanções a seus aliados que fazem negócios com a Rússia e destruir as vias restantes para a diplomacia nas relações com Moscou, apesar de "semanas" de pressão, disse o NYT na sexta-feira (29).
A Casa Branca ainda não tornou pública a posição do presidente dos EUA, Joe Biden, enquanto a Câmara dos Representantes vem pressionando pela designação desde maio, com a presidente Nancy Pelosi tendo advertido Blinken pessoalmente que, se o Departamento de Estado não designar a Rússia como patrocinadora estatal do terrorismo, o Congresso o faria.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky pediu aos EUA que designassem a Rússia como patrocinadora estatal do terrorismo em meados de abril, e o parlamento ucraniano reiterou o pedido no início de maio. Um grupo de senadores dos EUA redigiu prontamente com uma resolução relevante.
Na quinta-feira (28), o Senado dos EUA aprovou uma resolução não vinculante pedindo ao Departamento de Estado que designasse a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo por suas ações na Chechênia, Geórgia, Síria e Ucrânia. O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse a repórteres que a designação não mudaria praticamente nada, uma vez que as sanções já estão em vigor.
Na semana passada, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a designação norte-americana da Rússia como Estado patrocinador do terrorismo teria consequências para as relações bilaterais.
Até agora, os EUA designaram Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria como países que patrocinam o terrorismo.