A Força Aérea dos EUA imobilizou toda a sua frota de caças F-35 depois que foi encontrado um componente defeituoso em seus assentos de ejeção, o que poderia impedir que os pilotos fossem ejetados com segurança da aeronave durante uma emergência, escreveu na sexta-feira (30) o portal Breaking Defense.
Alexi Worley, porta-voz do Comando de Combate Aéreo, confirmou em um e-mail a imobilização dos aviões de quinta geração, que a mídia descreveu como temporária. Steve Roberts, porta-voz da empresa britânica Martin-Baker, explicou em declarações publicadas na sexta-feira (29) ao jornal Air Force Times que a anomalia foi descoberta em 22 de abril. Inicialmente os oficiais militares concluíram que deve ter sido um incidente isolado, mas uma investigação revelou que o problema originava na linha de produção.
A imobilização foi iniciada em 19 de julho para verificar todos os dispositivos com carga explosiva (CAD, na sigla em inglês) da Martin-Baker usados para acionar com segurança os assentos de ejeção com os pilotos para fora dos F-35, se necessário, contou Worley.
Anteriormente na quinta-feira (28), o Comando de Ensino e Treinamento da Força Aérea americana também parou quase 300 aviões de treinamento devido ao mesmo problema. Na quarta-feira (27) a Marinha dos EUA confirmou que imobilizou igualmente por esse motivo um número não especificado de aviões de treinamento e combate, segundo o Breaking Defense.
Problemas semelhantes afetaram ainda os aviões Eurofighter Typhoon britânicos e sua esquadrilha de acrobacia aérea Red Arrow, informou em 22 de julho a Força Aérea Real do Reino Unido.