Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, comentou na sexta-feira (29) a exigência do Japão para a Rússia não realizar exercícios militares nas Ilhas Curilas.
Yoshihiko Isozaki, vice-secretário-geral do gabinete de ministros do Japão, disse na quinta-feira (28) que Tóquio enviou uma nota à Rússia através de canais diplomáticos exortando que excluísse dos exercícios os "territórios do norte", como Tóquio chama as Ilhas Curilas.
"O sr. Isozaki poderia também ter exigido que o sol nascesse no oeste, não no leste. A propósito, não excluímos que a administração de Fumio Kishida [primeiro-ministro japonês] que ele representa realmente queira isto, a julgar por sua notória obsessão com a solidariedade com os EUA e outros países do 'campo ocidental'", apontou Zakharova em um comunicado da chancelaria da Rússia, chamando de inadequado o protesto do Japão.
"Somos obrigados a lembrar mais uma vez uma verdade evidente – as Ilhas Curilas meridionais são parte integrante do território da Federação da Rússia, cuja soberania pertence ao nosso país com base legal nos resultados da Segunda Guerra Mundial, e não está sujeita a dúvidas", resumiu a representante oficial do ministério russo.
O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta semana que as tropas do Distrito Militar Oriental conduzirão os exercícios Vostok de 30 de agosto a 5 de setembro sob a direção do chefe do Estado-Maior. As manobras, que cobrirão 13 campos de tiro, também envolverão as Tropas Aerotransportadas, a Aviação de Longa Distância e a Aviação de Transporte Militar, bem como tropas de outros países.