Durante coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reprovou a resposta da Rússia e disse que Moscou não estava levando a sério as negociações.
"Fizemos uma oferta substancial [para a Rússia] e queremos ter uma conversa de boa-fé sobre isso. Queremos garantir que isso seja feito o mais rápido possível. Uma contraoferta foi feita, o que não vemos como uma contraproposta séria", disse a porta-voz da Casa Branca.
Na última quarta-feira (27 de julho), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o governo Joe Biden fez uma oferta ao Kremlin pela troca de dois cidadãos norte-americanos presos em solo russo, Paul Whelan e Brittney Griner.
Em junho de 2020, Whelan foi condenado a 16 anos de prisão em penitenciária de segurança máxima. De acordo o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), Whelan foi detido em 2018 durante uma "ação de espionagem". Já Brittney Griner, atleta da WNBA, foi detida em março deste ano com óleo de haxixe.
Segundo informações da rede CNN, a Casa Branca teria oferecido o retorno do cidadão russo Viktor Bout. A emissora também noticiou que o Kremlin teria solicitado a inclusão de um segundo prisioneiro na negociação, Vadim Krasikov. Esse pedido teria incomodado Washington, conforme manifestou Jean-Pierre.
Bout está cumprindo pena de 25 anos em um presídio de segurança média em Illinois após ser condenado por tráfico de armas, em 2011. A prisão é consequência de uma operação dos Estados Unidos na Tailândia, realizada em 2008. Bout negou as acusações.
A defesa de Bout disse à Sputnik que não comentaria a possível troca, mas que "isso pode mudar em breve". Em maio, Alla Bout, esposa do prisioneiro, disse que a penitenciária estava negando assistência médica ao cidadão russo.
Krasikov foi condenado à prisão perpétua na Alemanha pela morte do ex-comandante checheno Tornike Kavtarashvili, em agosto de 2019. A Justiça da Alemanha disse que a ação foi realizada a mando da Rússia, que nega as acusações.