"A OPEP não compete com a Rússia, que é a maior, a mais importante e a mais influente jogadora no mercado energético mundial", disse Haitham al-Ghais.
Segundo o secretário-geral da organização petrolífera, o recente aumento de preços do petróleo não está relacionado apenas à crise nas relações entre a Rússia e a Ucrânia.
"Todos os dados confirmam que os preços do petróleo começaram a subir de forma gradual e cumulativa ainda antes do agravamento das relações russo-ucranianas, devido à dominância nos mercados da ideia sobre a falta das capacidades produtivas livres, que começaram a ser limitados por certos países", salientou.
O acordo entre a OPEP e os países que não fazem parte da organização, inclusive a Rússia (OPEP+), está em vigor desde 2017. Tem por objetivo estabilizar o mercado petrolífero, em que na época era registrada uma oferta excessiva, que fez com que os preços caíssem. Inicialmente, o acordo previa a redução da produção da aliança até 1,2 milhão de barris por dia ao longo de seis meses. A partir daí, o acordo tem sido prolongado várias vezes, com os pontos sendo mantidos. Agora o acordo vai vigorar até o fim de 2022. Além disso, a aliança assinou a carta de cooperação indefinida no mercado do petróleo.