O diplomata salientou que nos países ocidentais soam periodicamente apelos para limitar as possibilidades da Rússia de usar os canais da Interpol para perseguir criminosos ou até para suspender a participação russa no órgão.
"Eles [países ocidentais] procuram tirar proveito da organização policial exclusivamente de acordo com os seus interesses políticos, exercendo pressão sobre os seus membros a fim de cortar o acesso aos recursos de informação da Interpol às forças de aplicação da lei russas", defendeu Tarabrin.
Segundo o diplomata russo, tais ações por parte dos países ocidentais são "imprudentes e não são fundamentadas por nada", pondo em perigo o objetivo principal com que a Interpol foi criada em 1923, que é "garantir a unificação de esforços das forças de aplicação da lei dos Estados-membros na luta contra a criminalidade".
"Além disso, tal comportamento por parte do Ocidente incentiva os desejos de certos membros de mudar o Estatuto da Interpol, a fim de no futuro exercer pressão política sobre qualquer governo indesejado. Nesse contexto, torna-se especialmente importante o artigo 3 do Estatuto da organização, que lhe proíbe qualquer forma de interferência nos assuntos internos dos países-membros ou o exercício de atividades de caráter político", sublinhou.
O alto funcionário da diplomacia russa destacou que a Rússia continua aberta em relação à cooperação igualitária e mutuamente vantajosa, mas concluiu que "a cooperação profissional tanto na plataforma da Interpol como em base bilateral deve ser construída independentemente da conjuntura política global".