Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, disse na segunda-feira (1º) que seu país não poderá ignorar as diferenças políticas com a China, informa o jornal The New Zealand Herald.
Ela explicou que a Nova Zelândia está disposta a se engajar consistentemente com a China em diferentes áreas, mas sempre defendendo uma abordagem e resultados que reflitam os interesses e valores neozelandeses. Segundo ela, serão abordadas questões negligenciadas por Pequim, em aparente referência à questão dos direitos humanos.
"Os neozelandeses e uma política externa independente não exigem menos. Nossas diferenças não precisam nos definir, mas não podemos ignorá-las", apontou.
Sobre o papel crescente da China na região do sul do Pacífico, por exemplo, o seu acordo bilateral de cooperação de segurança com as Ilhas Salomão, ela afirmou que a melhor maneira de um país alargar seu apoio e influência em outros lugares é lidar com o problema das mudanças climáticas.
Ardern também disse contar com a retomada das visitas ministeriais à China, dizendo que planeja liderar uma delegação comercial "para renovar e atualizar as conexões pessoalmente". Também na segunda-feira (1º), as fronteiras da Nova Zelândia se reabriram completamente pela primeira vez desde o começo da pandemia do coronavírus.
"Gerir as diferenças em nosso relacionamento nem sempre será fácil e não há garantias, mas, como governo, continuamos trabalhando duro através do diálogo e da diplomacia", disse a premiê neozelandesa sobre as relações diplomáticas com a China, que completam 50 anos em 2022.
Neste sentido, ela afirmou que Wellington nunca tomará como certa sua relação com Pequim, embora também não assume que não possa evoluir.
Finalmente, ela declarou que a Nova Zelândia tem sido firme e consistente em seu compromisso com a política de Uma Só China, bem como na implementação da Parceria Estratégica Abrangente.