Panorama internacional

China lança 'operações militares direcionadas' após visita de Pelosi e convoca embaixador dos EUA

Pequim informa que Exército começará exercícios militares em torno da ilha, ao mesmo tempo que chancelaria chinesa convoca embaixador dos EUA e pede a Washington para parar de jogar a "carta de Taiwan" ao usar a ilha parar conter a China.
Sputnik
Na noite desta terça-feira (2), após a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, o Ministério da Defesa da China emitiu um comunicado dizendo que os militares chineses foram colocados em alerta máximo e lançarão "operações militares direcionadas" em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, segundo a Reuters.
Separadamente, o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China (ELP) disse que realizará operações militares conjuntas perto de Taiwan a partir da noite de hoje (2).
Os exercícios incluirão treinamentos aéreos e marítimos conjuntos no norte, sudoeste e sudeste da ilha, disparos reais de longo alcance no estreito de Taiwan e lançamentos de teste de mísseis no mar a leste da ilha, disse o ELP.
Panorama internacional
Provocação perigosa de Pelosi deixa o mundo mais perto do precipício, diz editor do China Daily
Segundo a mídia, a pasta da Defesa chinesa não forneceu detalhes sobre o que as operações militares visadas incluiriam ou se eram separadas dos exercícios anunciados pelo Comando do Teatro Oriental.
Ao mesmo tempo, o governo chinês convocou com urgência o embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, na noite de hoje (2) e apresentou fortes protestos contra a visita de Pelosi a Taiwan, segundo a agência Xinhua.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng, observou que Pelosi corre o risco de ser condenada universalmente por provocar e brincar deliberadamente com fogo e que sua ida à ilha é uma grave violação do princípio de Uma Só China defendido por Pequim.
"A medida é extremamente notória por natureza e as consequências são extremamente sérias. A China não ficará de braços cruzados", disse Xie citado pela mídia.
O vice-ministro também acrescentou que Washington deve parar de jogar a "carta de Taiwan" ao usar a ilha parar conter a China, ao mesmo tempo que deve parar de interferir nos assuntos internos chineses.
Nancy Pelosi posa para foto oficial ao lado de sua delegação e de autoridades de Taiwan após aterrissagem em Taipé
Xie complementou afirmando que o governo dos EUA deve ser responsabilizado, a partir do momento que "disseram uma coisa e fizeram outra, distorcendo e esvaziando constantemente o princípio de Uma Só China".
Comentar