"Os empresários instaram as autoridades a retomar com urgência as compras de gás previstas no contrato com a Gazprom Export [a divisão da empresa russa Gazprom que comercializa o combustível]", disse o jornal.
Os empregadores também exigiram mais uma vez que o Governo garantisse ao país o volume necessário de gás natural a preços razoáveis.
De acordo com a associação empresarial, a Bulgária deve receber três navios com gás natural liquefeito (GNL) dos EUA no restante do ano e outros quatro navios-tanque de metano podem chegar no próximo ano. Entretanto, a preocupação dos empresários é que o GNL dos EUA é insuficiente e tem um preço mais alto que o gás russo.
País-membro da União Europeia (UE), a crise energética se agravou na Bulgária depois que a liderança política daquele país se recusou a pagar em rublos pelas importações de gás russo. Como consequência, a Gazprom suspendeu as entregas de gás à Bulgária por falta de pagamento.
No dia 1º de abril deste ano, Moscou colocou em vigor uma norma para que toda aquisição de gás devesse ser feita em rublos especialmente por parte dos países hostis à Rússia — uma lista de mais de 45 Estados, incluindo toda a UE, que impôs sanções ao país por sua operação militar especial na Ucrânia.
No final de março, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já havia alertado que empresas de seu país não enviariam gás de graça para a UE.