O autor aponta que os EUA têm sido até agora o maior apoiador da Ucrânia em seu conflito com a Rússia, fornecendo bilhões de dólares em ajuda militar, além de seus serviços de inteligência, conforme denunciado também pelas autoridades russas.
Apesar do apoio, o colunista enfatiza que as relações entre Washington e Kiev não são tão boas como deveriam parecer. Segundo ele, "as autoridades americanas estão muito mais preocupadas com a liderança da Ucrânia do que estão deixando transparecer".
"Há uma profunda desconfiança entre a Casa Branca e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, consideravelmente mais do que foi relatado", escreveu.
O escritor do NYT descreveu a decisão de Zelensky de demitir a procuradora-geral, Irina Venediktova, e o chefe do Serviço de Segurança do Estado (SBU), Ivan Bakanov, em meados de julho, como "um negócio engraçado acontecendo em Kiev".
O tom de deboche, explica ele, ocorre porque não existe nenhuma reportagem na mídia americana que "explicasse de forma convincente" as razões por trás da maior mudança no governo de Kiev desde o lançamento da operação militar russa, em 24 de fevereiro.
"É como se não quiséssemos olhar muito de perto sob o tapete em Kiev, por medo da corrupção ou das artimanhas que poderemos ver, após termos investido tanto lá", escreveu ele.
O artigo foi publicado antes da visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha chinesa de Taiwan, que Friedmn criticou como uma medida que seria "totalmente imprudente, perigosa e irresponsável".