Segundo o Azerbaijão, a tomada dos territórios ocorreu após um suposto "ato de sabotagem" promovido pelas forças armênias contra o Exército azeri. Um soldado de Baku teria morrido. Os dois países vinham avançando em um novo acordo para delimitação da fronteira que os divide.
"Como resultado da operação de resposta realizada pelas unidades do Exército do Azerbaijão, várias áreas de Nagorno-Karabakh foram tomadas", disse o ministério à Sputnik.
Baku afirmou que destruiu "várias posições de combate de grupos armados armênios ilegais", incluindo equipamentos militares e munições.
O Ministério das Relações Exteriores da Armênia, por sua vez, acusou o Azerbaijão de ter violado o acordo de cessar-fogo.
"Em 3 de agosto, as Forças Armadas do Azerbaijão, mais uma vez violando a declaração tripartida de 9 de novembro de 2020 pelos líderes da Armênia, Rússia e Azerbaijão sobre um cessar-fogo na zona de conflito de Nagorno-Karabakh, lançaram uma agressão na área de responsabilidade das forças de paz russas, causando mortos e feridos", disse o MRE em comunicado.
O Ministério da Defesa da Rússia também responsabilizou Baku pela violação do cessar-fogo e disse que as forças de paz russas estão atuando para normalizar a região.
"Observa-se o agravamento da situação na área de responsabilidade do contingente (de manutenção da paz russo). Na área do alto de Sarybaba, as Forças Armadas do Azerbaijão violaram o cessar-fogo", disse a Defesa russa em comunicado.
A União Europeia (UE) também se manifestou e pediu que os países suspendam as hostilidades e retomem as negociações.
"A União Europeia pede a cessação imediata das hostilidades que eclodiram entre as forças do Azerbaijão e da Armênia ao redor do corredor Lachin e em outros lugares ao longo da Linha de Contato. Lamentavelmente esses confrontos já levaram à perda de vidas e ferimentos", disse a UE.
Seis semanas de combates na região no outono de 2020 custaram mais de 6.500 vidas e terminaram com um acordo de cessar-fogo mediado pela Rússia.