"Independentemente da duração e resultado da operação militar russa, mesmo agora já se pode constatar que a época de 30 anos de cooperação, em geral construtiva, embora também problemática, com o Ocidente chegou a um fim irreversível", escreveu o diplomata em seu artigo "Lições da história e imagem do futuro: pensamentos sobre a política externa da Rússia".
Segundo o diplomata, agora as autoridades russas estão perante a possibilidade de se livrarem definitivamente das ilusões e sair dos limites do paradigma da "absorção amigável", que foi reproduzida pelos colegas ocidentais inúmeras vezes depois de 1992.
"Está claro que não haverá retorno à situação anterior a 24 de fevereiro nas relações com os países da América do Norte e da Europa", acredita Drobinin.
O diplomata acrescentou que a Rússia "entrou em uma fase aguda de confronto com uma aliança agressiva de países hostis" liderada pelos EUA. O objetivo da aliança, na opinião do representante da diplomacia russa, é eliminar a Rússia como rival geopolítico.
Após o início dos combates na Ucrânia, o Ocidente fortaleceu a pressão sancionatória contra Moscou. Muitos países anunciaram o congelamento dos ativos russos, começando a elaborar métodos para rejeitar fontes de energia russas. Tais medidas resultaram em problemas para a Europa e os EUA, tendo provocado o aumento de preços dos alimentos e do combustível.
O Kremlin chamou tais medidas de "guerra econômica". Como sublinhou o presidente russo, Vladimir Putin, as sanções afetaram de forma negativa toda a economia mundial, sendo o objetivo principal do Ocidente piorar a vida de bilhões de pessoas.