O satélite de sensoriamento remoto Khayyam, desenvolvido por especialistas russos em um comando na província iraniana de Semnan, será lançado na próxima terça-feira (9) a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
De acordo com a agência espacial estatal russa Roscosmos, a nave será colocada em órbita pelo foguete Soyuz-2.1b, equipado com o bloco de aceleração Fregat.
Além do satélite iraniano, o lançador transportará 16 aeronaves de pequeno porte projetadas por várias universidades, empresas e organizações sem fins lucrativos russas.
Essas máquinas destinam-se à pesquisa científica e tecnológica, em particular no campo da comunicação, na medição do nível de radiação eletromagnética, no sensoriamento remoto da Terra e no monitoramento da situação ambiental.
Em julho, o Irã informou que seu foguete transportador de satélites explodiu após o lançamento. O lançador de satélites de propulsão híbrida, testado pela segunda vez em 26 de junho, teve problemas para percorrer o caminho pretendido para a órbita.
O Irã deu início ao seu programa espacial na década de 2000, usando o míssil terra-ar Shahab-4 como base para a criação de um lançador de satélites próprio. Em 2009, Teerã estabeleceu no norte do país a base de lançamento de Semnan.
Devido ao alto custo, o programa espacial iraniano chegou a ficar suspenso entre 2015 e 2017. Apesar disso, os militares iranianos já conseguiram colocar dois satélites em órbita, um em 2020 e outro em março deste ano.
Em maio, Teerã anunciou que pretende produzir e lançar sete satélites até meados de 2023.
O programa espacial do Irã é visto com preocupação pelos Estados Unidos e seus aliados. Além de Washington, Alemanha e França acusam o desenvolvimento militar iraniano de ameaçar as bases do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), também conhecido como acordo nuclear iraniano.