Segundo apontou Igor Vishnevetsky nesta quarta-feira (3), os preparativos para a visita estavam em estágio avançado, mas o veto à visita ocorreu poucos dias antes da data marcada.
"Estávamos preparados para ajudar a AIEA na organização de uma missão internacional chefiada pelo diretor-geral [Rafael Grossi] para avaliar a situação da maior usina nuclear no território da Europa. Chegamos a um acordo sobre o cronograma das visitas, a logística muito complexa e as medidas de segurança. No entanto, poucos dias antes da chegada proposta da delegação da AIEA, a Secretaria das Nações Unidas se recusou a aprovar esta visita", declarou a autoridade.
Ontem (2), a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que uma missão da AIEA à usina nuclear de Zaporozhie foi bloqueada pelo Secretariado das Nações Unidas por razões políticas.
O chefe da AIEA, Rafael Grossi, respondeu dizendo que a missão não foi bloqueada, mas que o Secretariado das Nações Unidas precisava garantir um acordo de todos os lados e isso não era possível na época.
No entanto, Vishnevetsky disse que a Rússia está convencida de que a recusa de aprovar a visita da AIEA vêm pelas mãos de Kiev e seus apoiadores ocidentais, que expressaram dúvidas sobre a conveniência de tais visitas, uma vez que permanece "ocupada" pelo Exército russo (que, por sua vez, está garantindo a proteção e segurança da usina contra ataques de tropas ucranianas).
"Estamos convencidos de que Kiev pretendia interrompê-lo desde o início para evitar uma avaliação indesejável", disse Vishnevetsky.
Desde março, a usina nuclear de Zaporozhie está sob controle total das forças russas, mas as forças ucranianas a atacaram repetidamente com drones, levando a Rússia a buscar assistência da AIEA para lidar com as preocupações de segurança da usina.