Joly fez o comentário durante uma audiência perante o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns, onde apareceu junto com o ministro de Recursos Naturais, Jonathan Wilkinson, na quinta-feira (4).
Embora o principal assunto da discussão tenha sido a decisão dos governos de entregar a turbina Nord Stream 1 para a Alemanha, vários deputados trouxeram relatos de um incidente ignorado na embaixada canadense em Kiev, conforme relatado pelo site Globe and Mail.
Em 2 de agosto, o Globe and Mail informou sobre um acontecimento na embaixada canadense em Kiev, no início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Funcionários da embaixada — canadenses e ucranianos — teriam dito que foram ameaçados por Moscou e supostamente colocados em uma lista de morte.
A deputada do Novo Partido Democrata, Heather McPhearson, destacou que as fontes citadas na reportagem do Globe and Mail falaram sob condição de anonimato por medo de perder seus empregos ou por possivelmente enfrentar outras repercussões.
"Não Heather, porque não há necessidade de denúncia", disse Joly em resposta à pergunta sobre relatos de uma "caçada" interna.
O relatório citou três diplomatas canadenses conhecedores da situação que disseram que o governo de Justin Trudeau foi informado com dados coletados pela chamada aliança Five Eyes, mas que pediu para não alertar os funcionários ucranianos sobre as ameaças.
Joly negou qualquer conhecimento de que funcionários da embaixada estariam sob suposta ameaça.