Em palestra para centenas de investidores em São Paulo, Guedes rechaçou a hipótese de o governo federal furar o teto de gastos deliberadamente para inchar a máquina pública.
O ministro explicou que os eventos extraordinários (como a pandemia e o conflito na Ucrânia) forçaram o governo a socorrer a população. Ele apontou que os ajustes foram necessários para substituir o antigo programa Bolsa Família (que pagava R$ 180) pelo Auxílio Brasil (que paga R$ 400).
Paulo Guedes, ao citar as recorrentes crises globais nos últimos anos, enfatizou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) agirá sempre "com a mão segura do Estado, a mão amiga dos liberais para quando houver necessidade".
"Quando a COVID-19 chegou, ela mostrou o profundo grau de desigualdade, que já tinha sido atacado por governos anteriores de uma forma um pouco tímida. Porque se nós, durante a pandemia, fizemos a maior redução em 40 anos da pobreza no Brasil, isso quer dizer que o esforço anterior era um pouco tímido", observou.
"Não tem nada de governo populista, é o governo fazendo o que tinha que fazer", declarou.
Guedes lembrou que, no ano passado, o governo foi pressionado a subsidiar o preço dos combustíveis, no entanto ele foi contra a ideia.
O ministro destacou que o aumento na parcela do Auxílio Brasil para R$ 600 está "absolutamente dentro da responsabilidade fiscal" e é uma camada de proteção para os mais frágeis.
O ministro ainda afirmou que o país não vai deixar o empresário brasileiro ser "abatido" com encargos trabalhistas e impostos elevados.
"Nós somos liberais, mas não somos trouxas", destacou, segundo apuração da Revista Oeste.