O governo alemão reafirmou seu apoio à Ucrânia citando o direito do país à "autodefesa legítima".
"Em relação ao apoio por meio do envio de armamento, o governo federal alemão aceita as garantias de uso final das armas enviadas à Ucrânia. De acordo com isso, a Ucrânia se compromete a não exportar armas temporariamente ou permanentemente, em partes, totalmente ou em estado instalado, ou de outra forma repassá-las para terceiros", diz o documento.
Berlim afirma estar ciente da responsabilidade associada ao envio de armas e que por isso todo equipamento enviado é documentado em detalhes pelo Ministério da Defesa da Alemanha e pelo Ministério de Assuntos Econômicos e Ação Climática do país. A Alemanha também afirma que apoiará a iniciativa da União Europeia (UE) para a manutenção do envio de armas à Ucrânia.
Um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars, na sigla em inglês) faz disparo durante exercícios no sul do Marrocos, em 9 de junho de 2021
© AP Photo / Mosa'ab Elshamy
No início de julho, o Escritório de Segurança Econômica da Ucrânia admitiu que identificou casos de venda de insumos e equipamentos militares, assim como de ajuda humanitária, enviados pelos países ocidentais. Cerca de dez casos criminais foram iniciados nesse sentido.
A preocupação em relação ao tema repercutiu também em Washington, que lidera o esforço de envio de armas e auxílio financeiro para os ucranianos. A congressista norte-americana Victoria Spartz, nascida na Ucrânia, recentemente pediu ao Congresso dos Estados Unidos a criação de um mecanismo para o monitoramento do auxílio enviado a Kiev.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os EUA e seus aliados intensificaram o envio de armas ao país, acumulando dezenas de bilhões de dólares em auxílio. O equipamento militar enviado tem sido cada vez mais sofisticado e já inclui armas de artilharia como os lançadores de foguetes de longo alcance Himars.