"8 bilhões de euros [R$ 42,7 bilhões] para a Ucrânia ainda estão congelados. Esse atraso do apoio macrofinanceiro à nossa nação é um crime ou um erro. E é difícil dizer o que é pior", acusou Zelensky em um vídeo postado em seu canal Telegram.
Ele acrescentou que estava tratando do assunto com a UE diariamente.
"Esperamos que isso seja um erro e que seja corrigido", disse Zelensky.
Na terça-feira (2), o vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Igor Zhovkva, disse que a Alemanha foi responsável pelo atraso do apoio financeiro. Berlim rejeitou as acusações.
Casos de desvios de ajuda militar e humanitária à Ucrânia foram constatados.
No início de julho, o Escritório de Segurança Econômica da Ucrânia admitiu que identificou casos de venda de insumos e equipamentos militares, assim como de ajuda humanitária, enviados pelos países ocidentais. Cerca de dez casos criminais foram iniciados nesse sentido.
A preocupação em relação ao tema repercutiu também em Washington, que lidera o esforço de envio de armas e auxílio financeiro para os ucranianos. A congressista norte-americana Victoria Spartz, nascida na Ucrânia, recentemente pediu ao Congresso dos Estados Unidos a criação de um mecanismo para o monitoramento do auxílio enviado a Kiev.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os EUA e seus aliados intensificaram o envio de armas ao país, acumulando dezenas de bilhões de dólares em auxílio. O equipamento militar enviado tem sido cada vez mais sofisticado e já inclui armas de artilharia como os lançadores de foguetes de longo alcance Himars.