Panorama internacional

Austrália chama exercícios de mísseis balísticos da China de 'desestabilizadores'

A ministra das Relações Exteriores da Austrália criticou os exercícios militares da China realizados após a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, que vê como ameaça à região e ao "nosso parceiro estratégico próximo, o Japão".
Sputnik
Penny Wong, ministra das Relações Exteriores da Austrália, disse na sexta-feira (5) que Camberra continua "profundamente preocupada" com os exercícios de mísseis balísticos realizados pelo Exército de Libertação Popular (ELP) da China em torno de Taiwan em resposta à visita a Taiwan de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA.
"Estes exercícios são desproporcionais e desestabilizadores. Este é um assunto sério para a região, incluindo para nosso parceiro estratégico próximo, o Japão", disse ela em uma declaração.
Tanto o Japão quanto a Austrália fazem parte do grupo Quad, integrado também pelos EUA e a Índia. Camberra vê o Quad como um "pilar-chave" de sua política externa. Nesta sexta-feira (5) o Japão enviou jatos de combate às ilhas Sakishima depois que drones chineses se aproximaram do território japonês.
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Wong disse que transmitiu as preocupações de Camberra sobre a "escalada da atividade militar" e "riscos de erro de cálculo" ao seu homólogo chinês Wang Yi durante a reunião da Cúpula do Leste da Ásia (EAS, na sigla em inglês) realizada no início da sexta-feira (5) em Phnom Penh, Camboja. A EAS inclui ainda como participantes os EUA, Índia, Rússia e os dez membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).
Apesar de não apoiarem diretamente a visita de Pelosi a Taipé, Wong e Antony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, afirmaram que a questão diz respeito somente aos EUA. Ao mesmo tempo, Camberra garantiu que quer a "paz" na região e laços "positivos" com Pequim baseados na lei internacional.
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