Conforme o artigo, as principais indústrias, incluída a química, podem entrar em colapso, caso a Rússia corte o fluxo do combustível azul. Isso, por sua vez, vai ocasionar um efeito dominó nas restantes esferas econômicas.
Segundo especialistas do Commerzbank, que é o segundo maior banco comercial na Alemanha, o déficit de energia fará o país entrar em uma recessão profunda, semelhante à que se seguiu à crise financeira de 2009.
Anteriormente, o ministro dos Recursos Naturais canadense, Jonathan Wilkinson, cujas palavras foram citadas pela agência Bloomberg, afirmou que os volumes de fornecimento de gás através da Ucrânia não podem compensar o fornecimento através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte). Segundo o ministro, a Alemanha corre o risco de enfrentar um déficit de gás caso se limite a receber gás através do território ucraniano, tal como Kiev insiste.
Nord Stream é a principal rota de exportações do gás russo para a Europa. Devido às dificuldades com o retorno do reparo e manutenção de unidades de bombeamento de gás, que surgiram depois de as sanções antirrussas terem sido impostas, a Gazprom, a principal produtora do gás natural no mundo, teve de cortar o fornecimento, no início, para 40% da capacidade do gasoduto e posteriormente para 20%.
A empresa comunicou que as sanções impostas pelo Canadá, União Europeia e Reino Unido tornam impossível o transporte para a Rússia da turbina do Nord Stream que foi reparada no Canadá e agora está na Alemanha. Além disso, ela não pode ser transportada por causa da desconformidade entre a situação atual e as responsabilidades da Siemens, esclareceu a Gazprom.