Panorama internacional

Venezuela usa cartas da rainha Elizabeth para tentar reaver US$ 1 bi em ouro preso em banco

Autoridade venezuelana acredita que através de cartas enviadas pela rainha Londres reconhece o governo de Nicolás Maduro e pode assim pleitear o montante bilionário preso no Banco da Inglaterra.
Sputnik
Há um longo tempo a Venezuela luta para reaver mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,19 bilhões) em ouro armazenado junto ao Banco da Inglaterra. A saga teve um episódio negativo na semana passada quando um juiz na capital britãnica negou novamente o controle do ouro ao governo Maduro, segundo O Globo.
Entretanto, Caracas tem cartas que teriam sido assinadas pela rainha Elizabeth II para reforçar sua reivindicação. A correspondência diplomática seria prova de que o Reino Unido reconheceu Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, disse Calixto Ortega, presidente do Banco Central do país sul-americano citado pela mídia.

"Três cartas assinadas pela rainha constituem uma posição oficial", disse a autoridade em Paris ao retornar a Caracas de Londres, onde discutiu o assunto com seus advogados.

Além disso, a emissão de vistos britânicos para autoridades venezuelanas também fortalece a posição do governo, acrescentou o presidente do BC.
Segundo a mídia, Ortega mostrou duas cartas que teriam sido assinadas pela rainha em junho, na qualidade de rainha de São Vicente e Granadinas. Na primeira carta, ela o notifica sobre uma mudança no representante do país caribenho que fica em Caracas, enquanto na segunda pede que Maduro credencie um novo.
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Em outra carta, a rainha escreveu a Maduro em nome do governo de Santa Lúcia. Todas as três cartas são endereçadas à "Sua Excelência Nicolás Maduro Moros Presidente da República Bolivariana da Venezuela".
As correspondências foram entregues a Ortega pelo ministério das Relações Exteriores da Venezuela e agora a autoridade com sua equipe jurídica deve decidir nova estratégia já na próxima semana, enquanto prepara recorrer da decisão. De acordo com o jornal, o governo de Maduro vê a decisão do tribunal como "enormes consequências" para outros países com ativos no sistema financeiro do Reino Unido.
“É a reputação de Londres como o lugar mais neutro e confiável para fazer negócios em todo o mundo que está em jogo aqui. Eles dizem algo no tribunal e, na prática, se comportam de maneira diferente", afirmou.
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