Segundo ele, um acidente deste porte seria "um desastre global causado pelo homem".
Mizintsev afirma que, nesta hipótese, seriam afetadas as populações de Kiev, Zaporozhie, Carcóvia, Poltava, Kherson, Odessa, Nikolaev, Kirovograd, Vinnitsa, as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), regiões fronteiriças da Rússia e de Belarus, bem como Moldávia, Bulgária e Romênia.
"A situação pode ser seriamente agravada por condições climáticas adversas, pela usina nuclear do sul da Ucrânia, com capacidade de 3.000 MW, e pelo armazenamento de combustível nuclear na usina nuclear de Chernobyl, bem como hidrovias. O mar Negro e o estreito de Bósforo se tornarão inadequados para navegação por muito tempo. As costas da Turquia, Geórgia, Abkházia, Bulgária e Romênia estarão contaminadas com altos níveis de radiação", disse o general.
Ele também pediu às Nações Unidas, à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e outras organizações internacionais que "condenem as ações criminosas" das autoridades de Kiev e tomem medidas urgentes para evitar provocações em instalações perigosas de radiação na Ucrânia.
Nesta sexta-feira (5), um ataque de artilharia dos militares ucranianos no território da usina de Zaporozhie poderia ter provocado um grande incêndio e um acidente de radiação, informou o Ministério da Defesa russo.
"Felizmente os projéteis ucranianos não atingiram as instalações de petróleo e combustível e a estação de oxigênio localizada nas proximidades, o que evitou um incêndio maior e um possível acidente de radiação na maior usina nuclear da Europa", disse o ministério, em comunicado.
O órgão ressaltou que "o cinismo desta provocação de Kiev" ocorreu durante uma conferência internacional sobre o funcionamento do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em Nova York, na Organização das Nações Unidas (ONU).