Conforme a edição, o governo de Olaf Scholz tem medo do aumento dos ânimos radicais em meio às tensões sociais e ao aumento dos preços dos alimentos e da energia. Os autores do programa de TV compararam os protestos que estão se aproximando com os organizados pelos opositores das restrições de COVID-19.
Agora em Berlim já se fala de ações com slogans como "Rebelião" e "Guerra Civil". Entre os possíveis instigadores de novos protestos pode estar a organização Querdenker (Pensamento Não Convencional), cujos simpatizantes a mídia tem suspeitado de manterem laços com os grupos da extrema direita.
Além da capital, também se observam ações de protesto em outros estados federais alemães, sendo entre eles a Baviera e a Saxônia. Esta também é indicada como um eventual epicentro de futuros protestos.
O problema não é discutido apenas nos círculos jornalísticos. O ministro do Interior da Saxônia, Rudolf Schuster, comunicou que sua entidade está se preparando para vários cenários e apelou às autoridades federais para criar um grupo de gestão da crise, a fim de nivelar os efeitos do aumento dos preços da energia.
"A qualidade da gestão anticrise do governo federal vai ser um fator decisivo em meio às preocupações atuais e, consequentemente, às possíveis manifestações sociais", disse o funcionário público.
A Alemanha e outros países ocidentais têm enfrentado um aumento dos preços da energia e uma inflação sem precedentes devido às sanções impostas contra Moscou e à recusa dos combustíveis russos. Ante o aumento dos preços dos combustíveis, especialmente do gás, as indústrias alemãs em muitos aspectos perderam as suas vantagens competitivas, o que também afetou outras esferas da maior economia europeia.