O novo projeto foi elaborado depois que a Alemanha se recusou a conceder à Ucrânia empréstimos no valor de até nove bilhões de euro (R$ 48 bilhões).
"Berlim defendia que é melhor oferecer subsídios a Kiev, que já está atolada em dívidas", diz a publicação.
Segundo o novo esquema, a União Europeia deve alocar até cinco bilhões de euros (R$ 27 bilhões) na forma de empréstimos de longo prazo sob garantias fornecidas pelos países da UE, de acordo com a sua contribuição para o orçamento comunitário. Conforme os funcionários, o resto da soma, por volta de três bilhões de euros (R$ 16 bilhões), será fornecida na forma de subsídios.
Em maio, a Comissão Europeia sugeriu conceder à Ucrânia apoio financeiro no valor de até nove bilhões de euros. O empréstimo de um bilhão de euros (R$ 5 bilhões) foi proposto pela Comissão Europeia e aprovado pelo Parlamento Europeu e Conselho da UE, enquanto a primeira parte da ajuda foi enviada a Kiev em 1º de agosto. Para transferir este dinheiro, a Comissão Europeia não precisava de garantias adicionais dos países, podia fazê-lo no âmbito do plano financeiro plurianual da UE em vigor, na base do qual se elaboram os orçamentos anuais do bloco.
O resto da soma, no valor de até oito bilhões de euros, da ajuda financeira anunciada em maio ainda não foi oficialmente proposto pela Comissão Europeia. Nesta semana, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky acusou a União Europeia de estar artificialmente adiando a alocação de ajuda financeira à Ucrânia.