Panorama internacional

Mídia britânica: China poderia realizar operação militar 'relâmpago' contra Taiwan já em 2023

The Telegraph escreve que o Exército de Libertação Popular (ELP) chinês enfrenta quatro possibilidades para tomar Taiwan pela via militar.
Sputnik
As forças militares da China estão planejando um ataque "relâmpago" contra Taiwan, em apenas dois dias, para tirar ao Ocidente qualquer oportunidade de montar uma campanha de apoio a Taipé ao estilo da Ucrânia, relataram fontes diplomáticas ao jornal britânico The Telegraph, citadas no sábado (6).
O jornal indica que uma operação militar para tomar a ilha poderia começar já em 2023 e que o Exército de Libertação Popular da China tem quatro opções.
Uma delas, explica The Telegraph, inclui uma série de exercícios contínuos ao redor da ilha, de forma a desgastar Taiwan militar e economicamente, enquanto em uma segunda opção seria realizada uma operação contra as ilhas Matsu e Kinmen, administradas por Taipé, que estão mais próximas da China continental.
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Outro cenário seria uma barragem aérea e de mísseis contra alvos militares taiwaneses, incluindo defesas costeiras, aeródromos e radares, mas não áreas civis, para tentar forçar Taipé à mesa de negociações. Essa opção é considerada a menos preferível pelo jornal, já que permitiria aos EUA e aliados mobilizar suas forças na região e a Taiwan mobilizar suas reservas.
Já a quarta opção prevê uma "invasão terrestre total", na qual "a China procuraria desembarcar tropas em pontos estratégicos, percorrendo ao longo das 70 milhas [112 quilômetros] do estreito de Taiwan sob a cobertura de uma barragem de mísseis e caças para distrair quaisquer defensores", e incluiria um componente cibernético, bem como a destruição da Marinha de Taiwan.
O objetivo final neste cenário seria "suprimir fisicamente as defesas de Taiwan o mais rápido possível e quebrar a força de vontade de resistir". Nesse caso seria "quase garantida" uma resposta dos EUA e seus aliados, incluindo o Japão e possivelmente a Austrália, com o Reino Unido também fornecendo inteligência e capacidades cibernéticas. No entanto, o jornal não detalhou que tipo de resposta seria tomada por uma coalizão ocidental.
Na sexta-feira (5) a China suspendeu a cooperação com os EUA em várias áreas militares e civis, depois que Pelosi visitou Taiwan, apesar das advertências de Pequim. Pequim impôs sanções contra Taiwan, Pelosi e sua família próxima devido à sua "notória provocação".
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