O Senado dos Estados Unidos aprovou neste domingo (7) um ambicioso projeto de lei que engloba pautas bastante significativas para o Partido Democrata, de Joe Biden.
Intitulado Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação), o pacote, proposto ainda nas eleições de 2020, prevê o destino de US$ 433 bilhões (cerca de R$ 2,2 trilhões) investidos em três áreas: saúde, clima e combate à inflação.
Do total do pacote, US$ 370 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhão) serão usados para reduzir em 40% as emissões de gases do efeito estufa até 2030. Segundo o Washington Post, a cifra configura o maior investimento da história americana no combate ao aquecimento global. A verba será usada para fornecer crédito para a compra de carros elétricos e instalação de painéis solares.
Na área da saúde, serão investidos US$ 64 bilhões para a redução de preços de medicamentos. Por fim, o projeto prevê a criação de um novo imposto de 15% sobre os lucros de companhias que lucram mais de US$ 1 bilhão por ano (cerca de R$ 5 bilhões).
Republicanos criticam o projeto de lei, afirmando que ele terá o efeito contrário e resultará no aumento da inflação e mais crise econômica. Já os democratas argumentam que o pacote pagará por si mesmo, pois, segundo eles, os US$ 433 bilhões investidos se converterão em uma arrecadação estimada em US$ 739 bilhões (cerca de R$ 3,7 bilhões)
A aprovação do projeto foi com placar apertado, visto que o senado americano atualmente é dividido entre democratas e republicanos. A votação encerrou em 51 votos a favor e 50 contra, sendo que o voto de desempate foi dado pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.
A aprovação, mesmo que com pequena margem, foi considerada uma vitória para Biden e para o Partido Democrata, que espera usar o programa como vitrine nas eleições legislativas de novembro. O texto agora segue para a Câmara dos Representantes, onde os democratas são maioria. Se aprovado, segue para sanção de Biden.