"É muita gente. […] Estamos falando de milhões de pessoas", disse o presidente do grêmio, Lukas Siebenkotten, à edição Tagesspiegel.
Nesse contexto, o dirigente pede ao governo para realizar uma reforma completa do sistema de subsídios de habitação, assim como estabelecer uma maior proteção contra a perda de emprego.
"É necessário aumentar o limite de renda das pessoas que podem solicitar o subsídio", afirmou Siebenkotten.
Segundo várias previsões, a Alemanha enfrentará um colapso energético já no inverno do Hemisfério Norte, ante uma possível interrupção do fornecimento do gás natural russo.
O governo de Olaf Scholz pediu à população alemã para reduzir o consumo de eletricidade a fim de enfrentar a crise energética.
O fornecimento do gás russo à Alemanha através do gasoduto submarino Nord Stream, que conecta os dois países pelo fundo do mar Báltico, se reduziu depois que duas das quatro turbinas Siemens deixaram de funcionar por motivos técnicos.
A Siemens, que efetua a manutenção dos equipamentos, tem adiado a entrega de uma das turbinas, que passou por reparos na filial da empresa no Canadá.
O consórcio russo Gazprom, o maior produtor de gás natural do mundo, afirma que não tem conseguido receber o equipamento devido às sanções da União Europeia. Atualmente, o gasoduto está operando só com uma turbina.
A economia alemã poderia sentir um alívio caso o outro gasoduto, o Nord Stream 2, entrasse em funcionamento. Ele foi construído por um grupo de importantes empresas energéticas europeias, entre as quais a Gazprom. A infraestrutura está pronta para funcionar desde outubro de 2021, mas não foi certificada pela Alemanha.
O novo ramal foi construído paralelamente ao Nord Stream 1 mas segue bloqueado pelo governo de Olaf Scholz desde fevereiro deste ano devido às tensões geopolíticas com Moscou.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores russo assinalou que o potencial das sanções está esgotado.
"Eles já esgotaram todas as áreas possíveis em que estavam dispostos a nos causar danos e agora são forçados a pensar sobre o que fizeram e como [isso os afeta]", disse Sergei Lavrov.
Seja como for, ante os problemas energéticos da UE, esta poderá ter que aliviar as várias rodadas de sanções impostas à Rússia nos últimos meses.