Panorama internacional

Ex-presidente russo Medvedev chama ações na Geórgia em 2008 de 'sinal para EUA e OTAN'

O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança Dmitry Medvedev afirmou que os Estados Unidos não ouviram as preocupações da Rússia em 2008, quando foram tomadas medidas para forçar a Geórgia à paz, mas os EUA seguiram com o seu rumo perigoso. Contudo, segundo Medvedev, o mundo de hoje se transformou de forma irreversível.
Sputnik

"As ações para forçar a Geórgia à paz em agosto de 2008 foram empreendidas para proteger a população. Ao mesmo tempo, isso foi um sinal para os EUA e a OTAN sobre a necessidade de ouvir as preocupações da Rússia", escreveu Medvedev no seu canal no Telegram.

Segundo o ex-presidente, os EUA ignoraram as preocupações russas e seguiram com o seu rumo político perigoso.

"A situação no Cáucaso mudou. Mas os EUA e a OTAN não ouviram e não entenderam. Ignoraram. Seguiram com o seu rumo extremamente perigoso. Em 2022, tivemos de responder de forma muito mais pesada. Agora todo o mundo se transformou irreversivelmente", acrescentou.

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Na noite para 8 de agosto de 2008 a Geórgia atacou a Ossétia do Sul com lançadores de foguetes Grad, destruindo uma parte da sua capital Tskhinval. A Rússia, ao defender a população osseta, entre a qual muitos receberam a cidadania russa, enviou tropas para a república e após cinco dias de combates expulsou as tropas georgianas da região.
Em 26 de agosto de 2008 Moscou reconheceu a independência da Abkhásia e da Ossétia do Sul. As autoridades russas têm repetidamente declarado que o reconhecimento da soberania das duas antigas autonomias georgianas reflete a realidade existente e não pode ser reconsiderado. A Geórgia ainda não reconhece a Abkhásia e a Ossétia do Sul como Estados independentes, considerando-as suas regiões.
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