O método é denominado redução carbotérmica, um processo que conjugaria ar processado, poeira do solo e luz solar em Marte para obter ferro.
“A utilização de recursos in situ (ISRU), e especificamente a extração e produção de metais do solo marciano, é importante para apoiar a futura exploração, habitat e desenvolvimentos industriais em Marte”, indica o artigo, publicado na revista Acta Astronautica.
O processo usa energia solar concentrada como fonte de calor e carbono, produzida pelo resfriamento do gás CO, um subproduto da produção de oxigênio na atmosfera de Marte, segundo o estudo.
As análises sugerem que a redução carbotérmica do regolito marciano seria o ponto de partida preferível considerando a abundância de carbono sob a forma de CO2 na atmosfera marciana. Foi proposto que o carbono seria proveniente do resfriamento do monóxido de carbono produzido por eletrólise de CO2 (MOXIE) da atmosfera marciana.
Com isso, os pesquisadores pretendem combinar este método com uma futura usina de oxigênio em Marte, para produzir conjuntamente oxigênio e ligas de ferro.
A extração destes recursos em outros planetas permite um desenvolvimento mais eficiente, econômico e sustentável no espaço, já que o envio de tais materiais a partir da Terra é um processo muito oneroso, longo e prejudicial ao meio ambiente.
De acordo com os especialistas, o método seria muito útil na construção de grandes satélites, colônias de Marte, depósitos de reabastecimento de combustível, entre outras instalações.