Um artigo publicado pela revista Foreign Policy aponta que o Ocidente desembolsou US$ 11 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões) para ajudar a Ucrânia, o que é menos do que pagou pelo gás da Rússia.
A publicação citou os cálculos do Instituto de Economia Mundial de Kiel, na Alemanha, segundo os quais parceiros ocidentais prometeram fornecer a Kiev US$ 31 bilhões (cerca de R$ 155 bilhões). No entanto, apesar do aumento do apoio financeiro no final de junho e início de julho, o orçamento ucraniano recebeu apenas um terço do valor prometido.
"Até o momento, o valor total da ajuda fornecida é de cerca de US$ 11 bilhões, o que ainda é uma ordem de magnitude menor do que a quantia que a Rússia recebeu por seus hidrocarbonetos no mesmo período", diz o artigo.
Desde o início da operação militar especial russa, os países ocidentais seguem fornecendo armas para a Ucrânia. Assim, em julho, Washington anunciou um pacote de ajuda militar no valor de cerca de US$ 820 milhões, que incluía munição adicional para o Himars MLRS, dois sistemas noruegueses de defesa aérea, até 150.000 projéteis de artilharia de 150 mm e quatro radares de contrabateria.
Moscou, por sua vez, tem afirmado repetidamente que o fornecimento de armas apenas prolonga o conflito, e o transporte de armas torna-se um alvo legítimo para as Forças Aeroespaciais Russas. Como enfatizou o assessor de comunicação presidencial, Dmitry Peskov, as ações do Ocidente não são favoráveis ao sucesso das negociações russo-ucranianas e terão um efeito negativo.