Panorama internacional

Périplo africano de Antony Blinken pode resultar em fracasso por causa do chanceler russo Lavrov

O périplo africano do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pode resultar em fracasso após a digressão do chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, por diversos países africanos, realizada no fim de julho, escrevem as colunistas do The Wall Street Journal Jessica Donati e Gabriele Steinhauser.
Sputnik

"Blinken iniciou o périplo por três países africanos em 7 de agosto em meio às preocupações dos EUA sobre a influência crescente da Rússia no continente e após a recente visita de Lavrov", diz a publicação.

As jornalistas lembraram que os principais países africanos decidiram manter a neutralidade em relação à crise ucraniana, quando o Ocidente apelou para imporem sanções à Rússia, o que se tornou um sinal perigoso para os EUA. No artigo salienta-se que os países africanos não demonstraram grande desejo de seguir a retórica ocidental.
Segundo as autoras, Blinken está tentando influenciar a posição dos líderes do continente. No entanto, será difícil fazê-lo após Lavrov ter visitado a África. O ministro russo falou com altos funcionários de quatro países, a quem expressou agradecimento por não terem apoiado as sanções ocidentais. Além disso, falou sobre a responsabilidade da Europa e dos EUA pelos preços altos dos alimentos e propôs a compra de petróleo russo.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, antes de sua reunião, sexta-feira, 21 de janeiro de 2022, em Genebra, Suíça
O próprio Lavrov, em uma entrevista exclusiva para a Sputnik e o RT, sublinhou que a Rússia tem mantido relações de amizade com a África desde a época soviética, enquanto nos últimos anos Moscou tem ativamente recuperado as suas posições no continente. O ministro também destacou que a Rússia aprecia a posição moderada dos africanos em relação à situação na Ucrânia.
Antony Blinken, no âmbito do seu périplo africano, chegou ontem (7) à África do Sul, planejando depois visitar o Congo e o Ruanda.
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