"Consideramos a declaração do Saeima [Parlamento letão] sobre 'reconhecer' a Rússia como um 'Estado patrocinador do terrorismo', com o apelo para [a União Europeia] parar de emitir vistos de turistas para russos, outro exemplo de russofobia, em flagrante contradição com o direito internacional, violando o princípio da igualdade soberana dos Estados, consagrado no parágrafo 1º do artigo 2º da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas]", disse o ministério, em comunicado.
Moscou ressalta que a decisão do Parlamento foi tomada por um país cujas autoridades "explicitamente glorificam o nazismo, favorecem cúmplices nazistas e incentivam o envio de seus próprios cidadãos como mercenários para a Ucrânia", onde lutam ao lado de grupos nacionalistas, como o Batalhão Azov.
O ministério também pediu aos parlamentares letões que parem com as provocações e se concentrem nos problemas internos de seu país.
Representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, durante briefing em 22 de julho de 2021. Foto de arquivo
© Sputnik / MRE russo
No início do dia, Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, classificou a decisão do país de "xenofobia selvagem". Ela descreveu os parlamentares por trás da ideia como "neonazistas".
Além do rótulo contra a Rússia, a Letônia decidiu alterar a legislação do país, abrindo caminho para que cidadãos locais percam a autorização de residência e sejam forçados a deixar a Letônia caso obtenham cidadania russa.
Na última sexta-feira (5), a Letônia se tornou o segundo país báltico a suspender vistos para cidadãos russos.
No fim de julho, a Estônia proibiu os cidadãos russos e belarussos de obter vistos e autorizações de residência para fins de estudo e de se candidatarem a empregos de curta duração sem visto estoniano válido.