Recentemente, o governo alemão reiterou que não considera a opção de colocar o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), um gasoduto de 1.200 quilômetros novo e com tecnologias de última geração, em operação.
Contudo, o jornal destaca que diversos políticos alemães estão elevando as cobranças pelo lançamento do gasoduto russo, já que a Alemanha está cada vez mais pressionada e à beira de uma "severa recessão" e possivelmente de uma crise econômica.
De acordo com previsões, a Alemanha terá de enfrentar um colapso energético no inverno do Hemisfério Norte devido a uma possível interrupção do fornecimento do gás russo.
O fornecimento do gás russo à Alemanha através do gasoduto submarino Nord Stream, que conecta os dois países pelo fundo do mar Báltico, se reduziu depois que duas das quatro turbinas Siemens deixaram de funcionar por motivos técnicos.
Os políticos citados pela mídia alemã, e que defendem a operação do Nord Stream 2, acreditam que a economia alemã possa sentir um alívio caso o gasoduto entre em funcionamento.
O Nord Stream 2 foi construído por um grupo de importantes empresas energéticas europeias, entre as quais a Gazprom. A infraestrutura está pronta para funcionar desde outubro de 2021, mas não foi certificada pela Alemanha.
O Nord Stream é a principal rota de exportação de gás russo para a Europa. Devido a dificuldades técnicas da empresa Siemens na manutenção das turbinas de bombeamento do gasoduto, na sequência das sanções, a Gazprom, a principal produtora do gás natural no mundo, teve de cortar o fornecimento no início para 40% da capacidade do gasoduto e posteriormente para 20%.