Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada por Moscou para tratar da usina, Nebenzya afirmou que os militares russos protegem as instalações nucleares e têm neutralizado ataques promovidos por Kiev, que poderiam provocar um grande desastre.
"Graças aos seus esforços [dos militares russos], ainda é possível proteger as principais instalações da estação e evitar uma catástrofe nuclear. Sabemos do que o regime de Kiev é capaz", disse Nebenzya.
"Aqueles que propõem a retirada das tropas russas devem estar cientes das consequências de que esse objeto ficará sem proteção e poderá ser usado por Kiev e grupos nacionalistas para as mais monstruosas provocações", acrescentou o embaixador.
O diplomata disse ainda que Moscou está em choque com a irresponsabilidade das elites políticas europeias, que seguem dando apoio ao regime de Vladimir Zelensky.
"Pedimos a vocês, colegas, que transmitam a seus líderes a necessidade de pressionar o regime de Kiev para forçá-lo a interromper os ataques imprudentes à usina nuclear de Zaporozhie, que fazem reféns os moradores dos Estados europeus. Vocês também são responsáveis por isso", disse Nebenzya.
O representante da Rússia na ONU destacou ainda que o país "não usa infraestrutura civil, muito menos instalações nucleares, para fins militares". "Essa é uma tática das Forças Armadas ucranianas", destacou.
Desde o início da operação militar especial russa, as tropas ucranianas tentaram várias vezes atacar o território da usina.
O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Rússia, coronel-general Mikhail Mizintsev, disse, em 12 de julho, que militantes ucranianos realizaram ataques próximo à usina, em uma provocação orquestrada por curadores ocidentais de Kiev que colocou em risco milhões de ucranianos.
O bombardeio tornou-se mais frequente a partir da última sexta-feira (5). Na noite do último domingo (7), as tropas ucranianas atacaram a central com o lançador múltiplo de foguetes BM-27 Uragan. Fragmentos e um motor de foguete caíram a cerca de 400 metros da unidade de energia operacional da estação, informaram as autoridades. Após o bombardeio, duas unidades de energia passaram a não operar em plena capacidade.
Nesta quinta-feira (11) foi registrado um novo ataque. As tropas ucranianas atacam a usina com sistemas de lançamento múltiplo de foguetes e artilharia pesada.
Ivan Nechaev, vice-diretor do Departamento de Informações e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que os ataques são um ato de terrorismo nuclear.