"Primeiro, prejudicaria nossas relações com outras nações que lidam com a Rússia. Washinton enfrentaria de imediato os países europeus, que ainda estão conduzindo negociações com Moscou sobre as questões da energia. Além disso, tendo em conta a recusa da maior parte do mundo, fora a América, a Europa e os aliados dos EUA na Ásia, de impor sanções contra a Rússia, [...] Washington pode ficar em uma situação em que a batalha financeira estará por todo o lado. É provável que nessa questão os países do Sul se unam. Há muito tempo estão fartos da hipocrisia norte-americana", defendeu o especialista.
"Certos apoiantes da ideia de declarar a Rússia como patrocinador estatal do terrorismo parecem não dar atenção às consequências reais de tal decisão. Segundo eles, trata-se de mais uma forma de expressar a solidariedade com Kiev. Mas o Congresso poderia conseguir isso através da aprovação de uma resolução. O presidente poderia emitir uma proclamação de amizade eterna [com a Ucrânia]. Infelizmente, a declaração da Rússia como Estado terrorista vai dificultar ainda mais as negociações sobre a resolução do conflito. Os únicos beneficiários seriam aqueles no Ocidente que esperam lutar contra a Rússia até o último ucraniano", afirmou.