Panorama internacional

Colômbia envia delegação a Cuba para retomar diálogo com Exército de Libertação Nacional

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, cumprimenta seu colega colombiano Alvaro Leyva Duran antes de ler um comunicado em Havana, em 11 de agosto de 2022
Chancelaria colombiana vai a Havana para seguir diretrizes anunciadas já durante a campanha de Gustavo Petro em relação ao ELN. Assim como Cuba, o líder do Chile, Gabriel Boric, disse que vai ajudar na mediação.
Sputnik
Uma delegação do governo da Colômbia viajou a Cuba para sondar a disposição do Exército de Libertação Nacional (ELN), radicados em Havana desde 2018, para negociar um acordo de paz, segundo O Globo.
O chanceler colombiano, Álvaro Leyva, e o senador governista, Iván Cepeda, estavam presentes na delegação que foi ao país cubano.
"Queremos retomar os diálogos com o ELN nesta terra de paz para iniciar o caminho proposto pelo presidente [Gustavo] Petro Urrego e alcançar a paz total", afirmou Leyva.
O diplomata concedeu a declaração ao lado do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que afirmou estar disposto a mediar um processo de diálogo.
De acordo com a mídia, o chefe da guerrilha, Eliécer Erlinto Chamorro, sinalizou que está disposto a conversar, desde que essa nova rodada de negociações comece do ponto onde parou com [o ex-presidente da Colômbia] Juan Manuel Santos, que também negociou o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 2016, pondo fim a cinco décadas de conflito.
"Sempre dissemos que se trata de retomar de onde parou. De todas as formas, isso deverá ser examinado pelas duas novas delegações à mesa quando se reunirem", apontou Chamorro.
Manuel Santos manteve negociações de paz com o ELN em Cuba, mas o também ex-presidente, Iván Duque, suspendeu o diálogo após um atentado contra uma academia de polícia que deixou 22 mortos.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse na segunda-feira (8) que seu país será o fiador dessa negociação, segundo a AFP.
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Além do diálogo com o ELN, a visita de Leyva serviu para marcar uma reaproximação com Cuba. O chanceler colombiano rejeitou a inclusão do país, em 2021, na lista do governo dos EUA de Estados patrocinadores do terrorismo, afirmando que, com a decisão, "Washington finge desconhecer o papel da nação caribenha no processo de negociação de paz".
Havana mediou, na década passada, o acerto entre o governo colombiano e as FARC.
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