Panorama internacional

Colômbia envia delegação a Cuba para retomar diálogo com Exército de Libertação Nacional

Chancelaria colombiana vai a Havana para seguir diretrizes anunciadas já durante a campanha de Gustavo Petro em relação ao ELN. Assim como Cuba, o líder do Chile, Gabriel Boric, disse que vai ajudar na mediação.
Sputnik
Uma delegação do governo da Colômbia viajou a Cuba para sondar a disposição do Exército de Libertação Nacional (ELN), radicados em Havana desde 2018, para negociar um acordo de paz, segundo O Globo.
O chanceler colombiano, Álvaro Leyva, e o senador governista, Iván Cepeda, estavam presentes na delegação que foi ao país cubano.
"Queremos retomar os diálogos com o ELN nesta terra de paz para iniciar o caminho proposto pelo presidente [Gustavo] Petro Urrego e alcançar a paz total", afirmou Leyva.
O diplomata concedeu a declaração ao lado do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que afirmou estar disposto a mediar um processo de diálogo.
De acordo com a mídia, o chefe da guerrilha, Eliécer Erlinto Chamorro, sinalizou que está disposto a conversar, desde que essa nova rodada de negociações comece do ponto onde parou com [o ex-presidente da Colômbia] Juan Manuel Santos, que também negociou o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 2016, pondo fim a cinco décadas de conflito.
"Sempre dissemos que se trata de retomar de onde parou. De todas as formas, isso deverá ser examinado pelas duas novas delegações à mesa quando se reunirem", apontou Chamorro.
Manuel Santos manteve negociações de paz com o ELN em Cuba, mas o também ex-presidente, Iván Duque, suspendeu o diálogo após um atentado contra uma academia de polícia que deixou 22 mortos.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse na segunda-feira (8) que seu país será o fiador dessa negociação, segundo a AFP.
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Além do diálogo com o ELN, a visita de Leyva serviu para marcar uma reaproximação com Cuba. O chanceler colombiano rejeitou a inclusão do país, em 2021, na lista do governo dos EUA de Estados patrocinadores do terrorismo, afirmando que, com a decisão, "Washington finge desconhecer o papel da nação caribenha no processo de negociação de paz".
Havana mediou, na década passada, o acerto entre o governo colombiano e as FARC.
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