Ciência e sociedade

Preso por corrupção, herdeiro da Samsung recebe indulto na Coreia do Sul para enfrentar crise

Diante da crise econômica que atravessa o país, a Coreia do Sul decidiu conceder indulto ao vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, para que ele possa assumir a presidência da companhia, que está vaga desde a morte de seu pai, Lee Kun-hee, em 2020.
Sputnik
Lee foi condenado em janeiro de 2020 por suborno e peculato. Ele chegou a ficar preso por 18 meses, mas obteve liberdade condicional em agosto de 2021.
Segundo a agência Yonhap, o perdão será efetivado na segunda-feira (15), quando é celebrado o Dia de Libertação Nacional.
O indulto permite que o executivo volte totalmente ao trabalho e possa liderar a companhia. Essa medida levanta uma restrição de cinco anos que havia sido imposta em razão da prisão por corrupção.
O perdão ao empresário — o homem mais rico da Coreia do Sul, com um patrimônio de US$ 7,9 bilhões (R$ 40,76 bilhões) — atende a uma mobilização feita pelo setor privado e visa ajudar a Samsung a enfrentar a crise pela qual o país passa.

"Devido à crise econômica global, o dinamismo e a vitalidade da economia nacional se deterioraram, e teme-se que a recessão econômica seja prolongada", disse o Ministério da Justiça.

A soltura de Lee busca fortalecer a empresa diante da guerra no mercado de semicondutores.
Os semicondutores estão em falta no mundo inteiro. A crise de fornecimento atingiu a indústria automobilística e também as empresas de eletroeletrônicos, principalmente as que fabricam tablets, computadores e celulares. A escassez desses chips está causando um verdadeiro transtorno nessas indústrias.
A prática de concessão de indultos a empresários é comum na Coreia do Sul como forma de dinamizar a economia nacional, ainda que eles tenham sido condenados por corrupção.
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