Panorama internacional

Diplomata russo na AIEA acusa jornal Financial Times de distorcer suas declarações sobre Zaporozhie

A mídia britânica Financial Times distorceu as palavras do representante russo na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mikhail Ulyanov, dando um sentido contrário a elas, garante o próprio diplomata.
Sputnik
A fala que foi adulterada trata da segurança da usina nuclear de Zaporozhie, que foi bombardeada em diversas ocasiões pelas forças ucranianas.
Em conversa com a mídia russa Izvestia na sexta-feira (12), Mikhail Ulyanov disse, entre outras coisas, que ninguém sabia exatamente quando o diretor-geral da AIEA, o argentino Rafael Mariano Grossi, viajaria para a usina nuclear de Zaporozhie para inspecionar a situação após os ataques ucranianos.
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O representante russo na organização opinou que "ele [Grossi] seria o único [apto] a marcar a data" e que, na sua opinião, "talvez seja no fim de agosto ou início de setembro".

No mesmo dia, o Financial Times publicou um artigo supostamente baseado nas declarações de Ulyanov.
No entanto o texto da mídia britânica é intitulado como se a Rússia estivesse rejeitando os pedidos para permitir o acesso à usina nuclear da Ucrânia, citando que "uma visita de Grossi não poderia ocorrer antes do fim de agosto ou início de setembro", ao contrário do que o representante russo realmente disse.

"O Financial Times colocou na minha boca que a visita do Sr. Grossi não poderia ocorrer antes do fim de agosto. Quando na verdade eu disse que o Sr. Grossi poderia propor essas datas [para sua visita]. A julgar pelo título do artigo do Financial Times, isso é uma distorção deliberada", compartilhou Mikhail Ulyanov em sua conta no Telegram.

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A usina nuclear de Zaporozhie, a maior da Europa, está localizada nos arredores da cidade de Energodar.
Desde o início de agosto, as tropas ucranianas intensificaram os ataques na área.
Moscou aponta para as ameaças à segurança causadas pelos bombardeios ucranianos e pede aos EUA, à União Europeia e à AIEA que pressionem Kiev a interromper os ataques.
O próprio Rafael Grossi disse que intensificará as consultas com a Rússia, a Ucrânia e as Nações Unidas para realizar uma missão à referida usina nuclear.
A central de Zaporozhie está pronta para receber os especialistas, garantiu o chefe da administração pró-russa da região, Yevgeny Balitsky.
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