Moscou espera que os EUA entendam que se o Congresso declarar a Rússia como "patrocinadora do terrorismo", as relações entre os dois países desmoronarão, segundo Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Se eles ainda não desaprenderam, provavelmente entendem. Falamos sobre isso, não apenas verbalmente, mas também publicamos esses comentários por escrito e até mesmo os traduzimos para inglês. Tudo tem sido dito repetidamente", comentou Zakharova em resposta à pergunta se os EUA entendem que, no caso de tal ação, "podemos esquecer as relações".
Em janeiro, o republicano Jim Banks apresentou um novo projeto de sanções contra Moscou, que implicaria, entre outras coisas, qualificar as forças "apoiadas pela Rússia" em Donbass como terroristas e declarar a própria Rússia país patrocinador do terrorismo.
Em 28 de julho, o Senado dos EUA aprovou uma resolução não vinculante pedindo ao Departamento de Estado que designasse a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo por suas ações na Chechênia, Geórgia, Síria e Ucrânia. O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse a repórteres que a designação não mudaria praticamente nada, uma vez que as sanções já estão em vigor.
Dmitry Belik, deputado da Duma de Estado russa e membro do Comitê de Assuntos Internacionais, disse à Sputnik que, neste caso, a resposta por parte de Moscou será simétrica: a Rússia mantém o direito de romper as relações diplomáticas com os países que se juntarem a tais sanções.
Até agora, os EUA designaram a Coreia do Norte, Cuba, Irã e Síria como países que patrocinam o terrorismo.