A China realizará novos exercícios militares em torno de Taiwan em meio a uma visita à ilha de uma delegação de congressistas dos EUA, escreveu na segunda-feira (15) a agência norte-americana Associated Press.
"A China tomará medidas resolutas e fortes para defender a soberania nacional e a integridade territorial", disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em um briefing.
"Um punhado de políticos dos EUA, em conluio com as forças separatistas da independência de Taiwan, estão tentando desafiar o princípio de Uma Só China, cuja profundidade eles subestimam, e estão condenados ao fracasso".
No entanto, o ministério não deu detalhes sobre onde e quando os exercícios seriam realizados, ao contrário dos exercícios anteriores.
Os novos exercícios se destinam a ser "uma resposta resoluta e um dissuasor solene contra o conluio e provocação entre os EUA e Taiwan", disse anteriormente o Ministério da Defesa da China.
A China advertiu antes da visita de Pelosi que daria uma resposta firme a uma violação da integridade territorial do país. Pequim considera Taiwan um território renegado que um dia se unificará com a China continental e vê a política dos EUA como contradizendo as garantias da defesa da política de Uma Só China dadas nos anos 1970.
Enquanto isso, os EUA e os países ocidentais descrevem a reação da China como exagerada e defendem o status de Taiwan como ilha autogovernada e a "liberdade de navegação" na Ásia-Pacífico, incluindo no estreito de Taiwan.