De acordo com o diplomata, os radicais provavelmente se juntarão a outros grupos terroristas, como o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), enquanto a própria Washington está minando a confiança com tais ações.
"O problema é complexo demais para ser resolvido, por exemplo, através de tais ações como a eliminação do líder da Al-Qaeda usando um drone americano. Tal operação foi recentemente anunciada pelo [presidente dos EUA, Joe] Biden", afirmou Zhirnov.
Em 1º de agosto, Biden anunciou que o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi morto como resultado de um ataque de drone americano no Afeganistão, em 31 de julho. Por sua vez, o Talibã (organização sob sanções da ONU) confirmou não ter achado o corpo de al-Zawahiri nem ter tido informação sobre a alegada estadia dele em Cabul.
"Se tiver sido assim, então nas condições às quais o Afeganistão foi colocado pela guerra de 20 anos com os Estados Unidos, os radicais da Al-Qaeda provavelmente se juntarão ao Daesh [...] Eu nem estou mencionando o fato de que a violação agressiva do espaço aéreo afegão pelos norte-americanos não aumentará a confiança do Talibã nos EUA na luta contra o terrorismo", constatou o embaixador russo.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia relatou que Moscou ainda deve confirmar a credibilidade das declarações de Washington sobre a aniquilação de al-Zawahiri, já que nenhuma evidência foi fornecida para provar as reivindicações dos EUA.