Recentemente, o ministro da Defesa Nacional da Polônia, Mariusz Blaszczak, anunciou a assinatura de um acordo com a Coreia do Sul em que esta fornecerá 1.000 tanques K2, mais de 600 obuseiros K9 e três esquadrilhas de caças FA-50. O equipamento deve substituir o material enviado a Kiev como ajuda militar.
Após ter transferido à Ucrânia várias centenas de tanques T-72, Varsóvia anunciou a falta de equipamento blindado. As autoridades tomaram a decisão sobre a compra urgente de 116 tanques americanos usados, e as primeiras unidades já chegaram ao país. Adicionalmente, a Polônia adquiriu mais 250 tanques novos Abrams, que devem entrar em serviço até 2026.
"Operar o mesmo equipamento oferece grandes vantagens para ambos os países e para a aliança como um todo", afirma Daniel Goure.
Segundo ele, a aquisição de tanques Abrams é mais do que uma simples modernização do Exército do país-membro da Aliança Atlântica: a medida ajuda a aumentar a interoperabilidade e manutenção das forças da OTAN, com as tropas da Polônia e equipes dos EUA estacionadas no país do Leste Europeu podendo cooperar de forma mais próxima.
"Como tal, é extremamente surpreendente que, no mês passado, a Polónia tenha assinado um acordo com a Coreia do Sul para um enorme contrato de aquisição de armas", notou o autor.
Na opinião do especialista, agora os militares poloneses terão que adicionar mais uma cadeia de suprimentos, bem como desenvolver formas de interoperabilidade dos K2 com outros sistemas de armas.
"Levará anos para a Polônia trazer os tanques K2. Isso dá a Washington tempo para apresentar argumentos e fazer Varsóvia reconsiderar sua decisão. Mas os EUA devem, no mínimo, estar dispostos a oferecer à Polônia tanques adicionais Abrams SEPV3", resumiu o analista.