Mais de dois terços das empresas do Reino Unido estão sentindo os efeitos das sanções à Rússia, relatou no domingo (14) o jornal Daily Mail.
71% das empresas britânicas tiveram seus ativos diretamente afetados pelas medidas restritivas, segundo uma pesquisa feita pela compradora de seguros Mactavish. Quase metade dessas empresas apontou o aumento dos custos e a perturbação das linhas de produção como constrangimentos para sua atividade, 44% lamentaram a perda de fornecedores, e 42% admitiram enfrentar dificuldades com a mão-de-obra disponível.
As empresas do setor financeiro se tornaram assim as principais perdedoras das sanções antirrussas, com 92% dessas empresas sofrendo por causa dos ativos e fundos localizados na Rússia.
Também no setor de aviação, cerca de 84% das empresas relataram perdas graves, devido a suas aeronaves alugadas permaneceram na Rússia.
O Reino Unido, Canadá, EUA e União Europeia tinham ordenado aos arrendadores de aviões que restringissem seus contratos de arrendamento com transportadoras russas por "força maior". Em resposta, a Rússia adotou em 14 de março um projeto de lei que permitia às companhias aéreas russas registrarem de novo centenas de companhias aéreas para voar dentro do país.
Bruce Hepburn, fundador e chefe executivo da compradora de seguros Mactavish, disse que a pandemia da COVID-19 e depois a crise da Ucrânia "expuseram as severas limitações da indústria, caracterizada por mais restrição de cobertura, menos capacidade, preços mais altos e mais disputas".
Os países europeus, incluindo o Reino Unido, têm relatado dificuldades econômicas relacionadas com as sanções antirrussas depois que Moscou lançou uma operação militar especial na Ucrânia, particularmente na inflação de produtos alimentares e na energia. Vladimir Putin, presidente da Rússia, sublinhou que os países que introduziam as sanções, sofreriam eles mesmos mais com elas.