A usina nuclear de Zaporozhie, localizada em região sob controle do Exército russo, tem sido alvo de diversos ataques promovidos por Kiev e tem deixado a comunidade internacional em alerta. Segundo Mizintsev, as Forças Armadas da Ucrânia planejam um ataque massivo nos arredores como forma de provocação.
"O comando das Forças Armadas da Ucrânia está preparando provocações em larga escala na área da central nuclear de Zaporozhie. Para implementá-las, um regimento separado de tropas de proteção contra radiação, química e biológica [RCB, em inglês], com mais de 1000 soldados, equipados com equipamentos especiais de proteção para operações em condições de contaminação radioativa, bem como com meios técnicos de reconhecimento e controle de RCB, chegou à cidade de Nikopol, região de Dnipropetrovsk", disse o coronel.
A autoridade da Defesa disse que essas provocações podem representar uma ameaça real à segurança nuclear não apenas na Ucrânia, mas também na Europa. Segundo ele, o regime de Kiev e o Ocidente, já se preparam para culpar os militares russos pelas possíveis consequências.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pretende enviar uma missão para acompanhar a situação da usina nos próximos dias.
Militar russo vigiando território da usina nuclear de Zaporozhie em Energodar, região de Zaporozhie, foto publicada em 1º de maio de 2022
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Novos bombardeios nos arredores das instalações da usina foram registrados nesta segunda-feira. As autoridades da cidade de Energodar disseram que foram conduzidos 25 ataques contra a cidade e a usina nuclear usando armas pesadas fornecidas pelos EUA, no caso – obuseiros M777.
A usina nuclear de Zaporozhie está localizada na margem esquerda do rio Dniepre, perto da cidade de Energodar. Com seis unidades, é a maior e a mais poderosa usina nuclear da Europa. Desde março que ela está sob a proteção dos militares russos para prevenir o vazamento de material radioativo, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Desde o início de agosto que as tropas ucranianas intensificaram o bombardeio da usina nuclear. Segundo Vladimir Rogov, membro do Conselho Principal da Administração Cívico-Militar da Região de Zaporozhie, os militares da 44ª Brigada de Artilharia das Forças Armadas ucranianas têm usado mísseis guiados e projéteis de fabricação ocidental durante os ataques.
Os ataques já danificaram a linha de alta tensão da subestação de Kakhovskaya, e o pessoal teve que reduzir a capacidade de duas unidades de energia.