A engenheira de projeto Margarita Sídorova compartilhou com a Sputnik alguns detalhes sobre as capacidades que a nova Estação Orbital Russa terá.
Uma das características mais marcantes do ROSS em comparação com a Estação Espacial Internacional (EEI) é a órbita em que estará. Isso lhe dará uma gama de possibilidades, garante Margarita Sídorova.
Entre elas, a capacidade de monitorar melhor o planeta e sobrevoar lugares que antes eram inacessíveis. A principal tarefa do ROSS é monitorar o planeta Terra. Ao contrário da EEI, a estação russa poderá cobrir quase todo o planeta e, principalmente, todo o território da Rússia.
"É um projeto muito importante. É importante que monitoremos o planeta. O ROSS poderá fazê-lo mesmo em áreas quase polares, graças à órbita que escolhemos. A EEI não nos permitiu monitorar o território do nosso país. O ROSS nos permitirá estudar quase todo o planeta da órbita", disse Sidorova.
De acordo com ela, espera-se que o ROSS esteja operacional quando a Rússia deixar a EEI. Atualmente, a Rocket and Space Energy Corporation está desenvolvendo um projeto preliminar da estação para a Roscosmos.
Sidorova comentou que o primeiro projeto preliminar da estação foi concluído: a escolha da inclinação e altitude da órbita foi determinada. O próximo passo será criar os projetos preliminares de todos os seus módulos separadamente. Estes serão implantados em duas etapas.
"Primeiro, o módulo de ciência e tecnologia, o módulo central junto com o módulo airlock e o módulo base para acomodação da tripulação. Essa é a espinha dorsal da estação. A segunda etapa são os três módulos dedicados. Um deles é a plataforma de manutenção", especificou a engenheira.
A estação permitirá aos seus cosmonautas e engenheiros que seja realizado um controle do derretimento das geleiras, bem como monitoramento e prevenção de incêndios, principalmente em locais de difícil acesso na Rússia.