"Parece muito ruim para mim, não acho que os cidadãos russos tenham qualquer responsabilidade, haverá aqueles que concordam e aqueles que rejeitam o que está acontecendo. Então, não me parece uma medida justa, e eu não também não acho legal", disse Nuria Castrejón, 22 anos, à agência.
Há uma semana, a Estônia anunciou que vai dificultar a aprovação de vistos para cidadãos russos, juntando-se à medida aplicada pela Lituânia desde março, país que somente aprova a entrada de russos no Espaço Schengen para fins humanitários.
Para Xavier Ibero, 22, esses tipos de medidas levam à discriminação contra a população russa.
"É uma forma de discriminar os cidadãos russos, as pessoas que estão viajando, e não aqueles que estão realmente por trás disso, no final, os cidadãos vão pagar e é um absurdo, porque eles não podem impedir, e se forem aplicar medidas, devem ser buscadas algumas que não afetem os cidadãos como está acontecendo agora com as sanções", informou.
Pedro, 72 anos, residente em Madrid, que preferiu não dar o sobrenome, considerou que a medida vai afetar cidadãos que não têm qualquer responsabilidade pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Na minha opinião, as pessoas comuns não têm culpa. O que passa é que acontece como sempre, os de baixo pagam pelas más direções dos de cima, mas as pessoas não têm culpa. A verdade é que não estou de acordo com nada disso", disse ele.
A Comissão Europeia recordou que a competência para decidir sobre a emissão de vistos de turismo pertence a cada Estado-membro.
Antes do início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, os cidadãos russos processaram o visto simplificado nos consulados europeus em sua cidade. Após a suspensão da rota aérea direta entre a Rússia e a Europa, os turistas russos optaram por utilizar as estradas para chegar às nações vizinhas e processar vistos para suas atividades turísticas. No entanto, mesmo essa possibilidade pode ser limitada no final de agosto, quando os líderes da UE vão se reunir em Praga.