Caso a previsão se confirme, a escalada significará uma alta de mais de 60%.
"Se a tendência continuar, no inverno os preços ultrapassarão 4.000 dólares [R$ 20.545] por 1.000 metros cúbicos", informou a corporação.
Segundo a empresa, na segunda-feira (15) os preços já voltaram a subir e atingiram o mesmo patamar de março — US$ 2.500 (R$ 12.840).
De acordo com dados da Gas Infrastructure Europe (GIE), associação de operadores europeus do combustível, os reservatórios de gás na Europa estão em 74,73% de sua ocupação.
No início de março, o preço do gás no continente renovou altas devido a temores de que a Comissão Europeia não apenas restringisse, mas proibisse as importações do combustível da Rússia. Mais tarde, com a definição de taxas para as sanções, o preço passou a cair constantemente.
Em julho, após a Gazprom cortar o fluxo de gás em alguns momentos, os preços voltaram a subir.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de gás, petróleo, carvão, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.812 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais do que o triplo das 3.665 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.637), a Coreia do Norte (2.097), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).