Panorama internacional

Mídia: EUA não cumpriram promessas e endossam ataques ucranianos à Crimeia

Com os recentes ataques ucranianos à Crimeia, muitas dúvidas foram levantadas sobre as armas enviadas pelos EUA para o governo ucraniano, principalmente após as promessas de que o arsenal não poderia atacar território russo.
Sputnik
"Os Estados Unidos endossaram ataques ucranianos em território russo, incluindo alvos na Crimeia, apesar de todas as garantias anteriores de que Kiev não fará isso com as armas fornecidas por Washington", informou o Politico, citando um alto funcionário do governo de Joe Biden, presidente dos EUA.
A publicação enfatiza que os Estados Unidos "não selecionam alvos e todas as armas fornecidas são para fins de autodefesa".
Entretanto, "qualquer alvo que a Ucrânia decida perseguir em seu solo soberano é, por definição, autodefesa".
De acordo com o veículo, Washington não ficará no caminho dos ataques na Crimeia "se Kiev os julgar necessários".
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Explosões poderosas perto de um depósito de munição russo abalaram o nordeste da Crimeia na terça-feira (17). Foi o segundo incidente desse tipo em questão de semanas, com uma série de explosões também acontecendo em um aeródromo militar no início do mês, ferindo 14 pessoas e matando uma.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que os ataques recentes foram atos de "sabotagem".
Autoridades do governo de Joe Biden disseram em várias ocasiões que Washington recebeu garantias de Kiev de não atacar o território russo com os sistemas de lançamento múltiplo Himars, fornecidos pelos EUA.
Os Himars têm um alcance máximo de 300 km, enquanto os MARS II, a versão alemã dos lançadores múltiplos de foguetes M270 americanos, têm um alcance de até 70 km. Kiev recebeu nos últimos meses diversas entregas destes armamentos.
A Ucrânia não considera legalmente a Crimeia e o Donbass como território russo, apesar de as duas regiões terem se tornado parte da Rússia depois que seus moradores votaram em um referendo para ingressar ao país.
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