O clima extremo vem afetando várias regiões da China. Uma onda de calor provoca seca em várias regiões do país, ao mesmo tempo que outras províncias são afetadas por enchentes.
Segundo noticiou o The Guardian, a onda de calor já reduziu em 75% os níveis dos reservatórios do país. De acordo com o Departamento de Meteorologia da China, trata-se da mais extensa onda de calor já vista no país desde 1961.
Em Sichuan, temperaturas acima de 40 °C provocaram uma demanda massiva por ar-condicionado e reduziram os níveis de reservatórios, responsáveis pela maior parte da energia gerada na região.
Na capital da província, Chengdu, lar de mais de 20 milhões de pessoas, a montadora japonesa Toyota suspendeu as atividades e quedas de energia foram registradas em vários bairros. Em comunicado, a administração local anunciou a implementação de racionamento de energia para conter o que classificou de "a mais severa situação já enfrentada pela cidade". A iluminação pública foi reduzida.
Em paralelo, enchentes causadas por chuvas torrenciais na cidade de Datong Hui, no noroeste do país, causaram a morte de pelo menos 17 pessoas na última quinta-feira (18).
As turbulências causadas pelo clima extremo ocorrem em um momento em que Pequim está ampliando esforços para implementar sua política para zerar os casos de COVID-19 em território chinês. Além de seguir impondo lockdown em cidades onde casos da doença são registrados, o país incluiu animais nos processos de testagem.
No início deste mês, Pequim suspendeu uma série de cooperações bilaterais com Washington em represália à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. Entre os processos suspensos estava a cooperação entre os países para combater as mudanças climáticas.